My name is M’Bonga, representante dos povos originários do Brasil, aqui neste
Congresso Internacional, Multicultural e Multirracial visando criar políticas de inclusão
destas etnias minoritárias e nem por isso menos importantes num debate em que se
pretende justamente discutir essas dicotomias propagadas ao longo dos séculos em que
os índios foram relegados ao extermínio pela velha ordem excludente de se ignorar as
minorias.
Então este congresso pretende exatamente discutir todas essas questões ancestrais e
dirimi-las num contexto de congraçamento dessas muitas diferenças para que possam
em uníssono reverberar todas essas peculiaridades de condições, aqui, neste congresso,
em condições de igualdade e fraternidade.
Pois bem, durante estes debates que durariam toda uma semana eu pude conhecer e
fazer contato com o De Andrade, que se apresentou como um ex-agente literário de
alguns nomes de artistas e, dentre eles, o de ter sido agente literário do poeta e escritor
mineiro Milton Rezende que eu já ouvira falar vagamente em seminários culturais que
eu tinha participado.
Então, conversando com o De Andrade ele me contou que foi agente literário deste
autor em duas de suas obras publicadas, respectivamente, “Mais uma Xícara de Café
(one more cup of coffee)" e “A Casa Improvisada”. Nos anos de 2017 e 2019,
respectivamente.
Agora o já (quase) renomado escritor planejava publicar seu novo livro (que ele diz ser
um dos últimos), e que, para isso, ele iria precisar da figura de um agente literário,
sobretudo, para alavancar a sua carreira no exterior, principalmente na Europa e nos
Estados Unidos.
Eu, M’Bonga, já ouvira falar deste autor, mas muito vagamente, em seminários e
congressos em que se discutia o surgimento de uma nova e pujante literatura em nossos
trópicos.
Assim, em conversas com o De Andrade nos intervalos dos debates, ele me falou que
esse poeta o procurara no sentido de restabelecer a velha parceria para este novo
projeto, mas que ele, em função de compromissos assumidos no Brasil e no exterior não
poderia pegar esta tarefa no momento, contudo, tinha se comprometido com o autor a
indicar uma pessoa capacitada e idônea e com livre trânsito nas esferas multiculturais do
nosso planeta.
Disse que pensara em mim e, neste congresso internacional, tendo a oportunidade de
encontrar-me pessoalmente e achando que eu reunia os atributos para a função resolveu
me convidar a ser o novo agente literário do escritor e poeta Milton Rezende,
especificamente para este projeto literário de representar o autor nos meios culturais e
internacionais onde eu possuía muitos contatos literários, e se assim podemos dizer, um
livre trânsito.
Acrescentou que não poderia, ele mesmo, assumir a função porque estava assoberbado
de afazeres e, portanto, não poderia levar a cabo este projeto. Sendo assim ele disse ao
autor que, sinceramente, o convite muito lhe honrava, mas que ele não se sentia em
condições de executá-lo e que tentaria passar a tarefa ao M’Bonga que, apesar de não
conhecer o autor em questão, mas já ouvira falar dele e embora não tivesse tido
oportunidade de ler nenhum de seus livros, que eram bastantes numerosos, e que se
tratava, portanto, de uma obra extensa e representativa.
Então o De Andrade convidou-me e decidiu prontamente que isso se resolvia facilmente
e, ato contínuo, entregou-me alguns exemplares dos livros do Milton Rezende e indicou-
me o site do autor: www.miltoncarlosrezende.com.br e que era para eu ir conhecendo a
obra do poeta mineiro/brasileiro e que, depois disso, eu decidiria quanto a representar
ou não este escritor nas lides intelectuais pelo mundo afora.
Eu, M’Bonga, topei a princípio a tarefa e levei os seus livros para o hotel em que estava
hospedado para ler e conhecer melhor este autor contemporâneo. Comecei pelo site e,
logo de cara, tive a minha curiosidade aguçada em conhecer tão rico acervo. Criei a
empatia inicial com o autor pelo que ele era e o que representava para as letras
nacionais.
O segundo passo seria ler os seus livros e fazendo isso eu me convenci da necessidade
premente de levar este brilhante autor ao conhecimento dos povos do mundo, de onde,
eu tinha a vantagem de ter livre acesso em função das minhas atividades pelos fóruns de
debates através do mundo todo.
Telefonei então ao De Andrade dando ciência a ele de que eu aceitava essa empreitada
cultural.
E assim, dessa forma, acabei me tornando de Índio a agente literário do poeta Milton
Rezende e espero com isso levar por onde eu for essa tarefa prazerosa e importante de
disseminar o conhecimento deste autor e de sua obra para um público mundial.